Quarenta e sete delegados de 17 estados (BA, SP, PE, GO, MS, CE, DF, RS, RJ, MA, TO, PA, MT, PB, AP, PI, SE) e o Distrito Federal participaram nessa terça-feira de um encontro nacional de servidores do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Além de discutir pautas específicas da categoria que incluem negociação permanente (Gpcot), plano de saúde da Geap, reestruturação da carreira e outros, os servidores detiveram tempo para falar sobre as ameaças mais recentes ao conjunto dos trabalhadores e o clima de instabilidade política e econômica que toma conta do país. A categoria está unida em torno da luta contra o PLP 257/16 que propõe uma reforma administrativa profunda no setor público com retirada de direitos. O projeto que o PMDB apresenta como proposta para o Brasil "Ponte para o Futuro" também foi tema de discussão e preocupa já que vai de encontro a uma série de direitos da classe trabalhadora. Há preocupação ainda com o cumprimento de acordos que foram firmados ao longo do ano passado. Entre eles está reajuste de 10,8% dividido em dois anos (ago/16 e jan/17) firmado com cerca de 90% dos servidores do Executivo. Os servidores do MTPS estão atentos. Assim como o restante dos setores que tem acordos firmados a categoria vai pressionar para garantir que não haja retrocessos nesse cenário e não aceitará pagar por essa crise. Há ainda muitas ameaças que precisam ser combatidas e a classe trabalhadora deve permanecer toda unida para defender nossas conquistas que são resultado de muita luta. Pauta específica – Além de combater as ameaças ao conjunto do funcionalismo, os servidores do MTPS também definiram prioridades de sua pauta específica. A luta por uma gratificação nos moldes daquele concedida à fiscalização está nessa lista. Além disso, a luta pela isonomia salarial com o Seguro Social, reposição de demandas nos moldes já acordados com servidores da Saúde e redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial estão entre os itens da pauta. Há ainda a preocupação em garantir melhorias para o plano de saúde que atende a maioria dos servidores, a Geap. Os servidores aprovaram no encontro um ato conjunto com outras entidades nacionais em frente à Geap para denunciar as irregularidades e defender a realização de um seminário para debater os planos de autogestão. A sugestão é que o seminário ocorra já em maio. No encontro, os servidores do MTPS aprovaram uma carta com pedido de audiência com o ministro Miguel Rossetto para discutir três itens centrais: 1) reposição de demandas oriundas de greves legítimas realizadas em 2010, 2012 e 2015; 2) alteração da Portaria 2551/10 que restringe participação de servidores em atividades sindicais e 3) reestruturação do Gpcot. O importante nesse momento é manter toda a categoria unida em torno da garantia e manutenção de direitos, avanços e investimentos que possam tirar a economia da estagnação e consolidar um ciclo de crescimento com justiça social para o Brasil. Fonte: Condsef