Com o crescimento do número de acampamentos de sem-terra às margens de rodovias federais no entorno de Campo Grande, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) vem chamando a atenção de motoristas quanto aos cuidados nas áreas próximas às ocupações, que geralmente não possuem sinalização.

Improvisadas, as “moradias” estão concentradas, principalmente, nos acostamentos das BRs 163 e 262, na altura do km 407, próximo de Terenos e no entorno do trevo de acesso a Dois Irmãos do Buriti. Um dos acampamentos possui cerca de 120 famílias, que moram em uma extensão de até 21 quilômetros, onde não há qualquer placa de advertência.

“Quando surge um acampamento, o número de pessoas circulando na pista é muito maior; tem muita criança, ciclista, motoristas, que fazem cruzamento na pista a todo momento.Não tem nenhum aviso. Essas famílias estão mais susceptíveis a sofrer acidentes”, explica Kléryson Soares Loureiro, assessor de comunicação da PRF.

Ele ressalta que, independente dos acampamentos, o trabalho dos agentes é constante e que todos são capacitados para fazer abordagens educativas.

“A PRF não realiza nenhuma ação específica voltada aos grupos de acampamentos, mas diante do aumento do número de barracos, há orientação aos motoristas durante o patrulhamento de rotina, com o objetivo de garantir a segurança na via e prevenir acidentes”, ressalta.

Os condutores são orientados a ter mais cautela nessas áreas, a reduzir a velocidade, ter atenção com pedestres e ciclistas, com entrada e saída de veículos.

Atenção com as queimadas – Outro alerta da PRF em relação às ocupações nos acostamentos federais, de acordo com o inspetor, é com o aumento do número de queimadas.

“É muito preocupante, especialmente em épocas de seca. É perigoso para os acampados e também para motoristas, porque a fumaça prejudica a visibilidade. O patrulhamento da corporação é intensificado nesses trechos”, pontua.

No dia 18 de junho, na BR 262, no KM 407, próximo a Terenos, a Divisão de Operações Aéreas flagrou um foco de incêndio em um dos acampamentos da rodovia.

Fonte e Foto: Campo Grande News